Clandestino de Bicicleta
Girando os pedais
domingo, 24 de junho de 2018
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Viadutos Mula Preta/V13
Pedal realizado nos dias 18 e 19 de maio de 2013 totalizando 338km .
Viaduto férreo Mula Preta Dois Lajeados /RS
Estrada de acesso ao segundo maior viaduto férreo do mundo com 142 metros de altura em Vespasiano Corrêa/ RS
Arcos do túnel do V13
V13
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Cicloturismo Campos de Cima da Serra RS/ Serra Catarinense 750km
Parti de Vera Cruz dia 21 de
janeiro ás 5 horas e 30 min., ainda era escuro, não liguei meu farol para não
chamar muito a atenção para passar no trevo do Camboim em Santa Cruz do Sul,
local este, perigoso para passar durante a parte da noite devido ao tráfico de
drogas, prostituição e todas as coisas ruins que possam existir. “Sentei a
bota” e passei tranquilo pela “Faixa de Gaza”. Foi quando me deparei que havia
esquecido meus óculos de sol em casa, não retornei e resolvi seguir sem ele.
Cheguei ao posto 2001 pouquinho antes das 6 horas da manhã, local combinado com
a Luiza para começarmos a viagem. Minutos depois, Luiza compareceu. Fizemos
mais alguns ajustes e partimos.
As primeiras pedaladas com a
bike carregada sempre é um pouco estranho, e de cara, logo tínhamos a subida do
Grasel para vencer. O dia começava a clarear com uma temperatura amena. Uma
breve parada no pedágio em Venâncio Aires para fazermos xixi e seguimos pela
RSC287 em seguida RSC 453, onde fomos até o próximo posto de pedágio para tomarmos café, chá e balas por conta da Univias. O Sol resolveu aparecer com
intensidade, fomos obrigados a passar a meléca corporal.
Em Cruzeiro do Sul meu pneu
traseiro resolveu murchar, problema na válvula de ar, nenhum furo. Câmera de ar
trocada e fomos embora.
Seguimos até Teutônia. Até
então, a pedalada havia rendido, pois o trecho era plano. Esperamos um
pouquinho até o almoço ficar pronto e enchemos o tanque de comida. Mal deixamos
ela fazer digestão e partimos. Dessa vez para encarar uma forte subida de quase
7km em Westfália. Rumamos pela mesma rodovia até chegarmos a Garibaldi, onde
fizemos mais uma breve parada em um posto de combustíveis.
Resolvemos pegar a rodovia que
dá acesso ao Parque da Fenachamp, devido ao movimento de veículos serem menores
e a estrada com menos buracos.
Tempo depois passamos pelo centro da cidade de Farroupilha, onde novamente ocorreu mais uma parada no posto de pedágio para abastecermos nossas caramanholas e descansarmos um pouco.
Faltavam poucos kms para chegarmos a Caxias do Sul, cidade esta, onde planejamos pernoitar. No centro de Caxias consultamos nosso GPS de pobre (mapa impresso) para chegarmos até o bairro Santa Corona. Do centro até o bairro descemos muito, mas para chegar ao nosso destino subimos várias subidas muito íngremes, onde foi necessário empurrarmos as bikes. Liguei para o David, nosso anfitrião, dizendo que não estávamos achando a rua em que morava. Minutos depois, tudo resolvido, encontramos com ele e com Diego.
Tempo depois passamos pelo centro da cidade de Farroupilha, onde novamente ocorreu mais uma parada no posto de pedágio para abastecermos nossas caramanholas e descansarmos um pouco.
Faltavam poucos kms para chegarmos a Caxias do Sul, cidade esta, onde planejamos pernoitar. No centro de Caxias consultamos nosso GPS de pobre (mapa impresso) para chegarmos até o bairro Santa Corona. Do centro até o bairro descemos muito, mas para chegar ao nosso destino subimos várias subidas muito íngremes, onde foi necessário empurrarmos as bikes. Liguei para o David, nosso anfitrião, dizendo que não estávamos achando a rua em que morava. Minutos depois, tudo resolvido, encontramos com ele e com Diego.
Mais tarde, após o banho, fomos
jantar com comidas na base da pimenta mexicana com cerveja de erva-mate.
Nesse dia, percorrermos 170km.
Segundo dia de viagem: Após o
café da manhã na casa de nossos anfitriões, por cerca das 7h e 30 min.,
continuarmos o nosso roteiro, que estava estipulado até a cidade de Jaquirana.
Logo no início uma breve parada em um posto de combustíveis para comprarmos alimentos
e repormos a água. Pela Rota do Sol, seguimos até Lageado Grande, município de
São Francisco de Paula, onde realizamos nosso almoço. A partir desse ponto,
começavam a aparecer às estradas de terra e os campos. Pedalamos até
encontrarmos o local onde estava situada a cascata Princesa dos Campos. Local
este, de propriedade particular, onde pagamos míseros R$ 2,50 para ingressarmos.
Nessa propriedade, existem chalés para aluguel e área de camping. Mas nossa
intenção era Jaquirana, distante a mais 22 km dali. Andamos mais alguns kms e
achamos o asfalto, cerca de mais 2km, a entrada de acesso para Jaquirana.
Faltavam 14km até o centro, começamos a descer até encontrarmos o rio Tainhas. Após ele, as subidas eram intermináveis até chegarmos à cidade. Nela, logo
encontramos um hotel com um preço bem acessível para pernoitarmos.
Total 110km.
Terceiro dia: Acordamos e saímos
do centro da pacata Jaquirana. Os campos de Cima da Serra estavam por todo o
nosso entorno, juntamente com vários bois e vacas que estavam nas fazendas e no
meio da estrada em alguns pontos. Pedalamos cerca de duas horas e entramos na
porteira que dava acesso ao Cachoeirão dos Venâncios. Mais dois km de pura
pedra, R$ 5,00 de ingresso e nos deparamos com um lugar espetacular, um dos mais
bonitos do ciclo turismo. Quedas d’água diversas, trilhas, árvores de
diferentes espécies, não tenho outra palavra para descrever este local que não
seja uma maravilha. Depois de um bom tempo fotografando belas paisagens,
retornamos a porteira. Mais uma vez empurrando as bicicletas, devido à estrada
estar muito ruim e com subidas. Foram mais 13km de estrada de terra para nós pedalarmos
até o entroncamento com a RS- 020. Desse ponto, restavam 8km de asfalto até
chegarmos até o Centro de Cambará do Sul.
Eram cerca de 14horas e 30min, quando chegamos até a cidade. Tratamos de almoçar e entrar em contato com o Luiz Capuano, amigo de Mauro Heck, que está em Iowa, EUA. Mauro, quando soube de nossa expedição, entrou em contato com Capuano, seu velho amigo, para nos ceder um pernoite em sua aconchegante casa. Após o contato com Capuano, fomos até a praça central de Cambará descansar um pouco. Deitei-me na grama e ouvi os sons das caixas de som da Igreja, que soavam alto com músicas religiosas.
Instantes depois, fomos até um supermercado comprar algumas coisas e tomar sorvete. Sentei no meio fio e fiquei com a bunda grudada em um chiclete. Retornamos para a praça. Minutos depois, Capuano, sujeito muito legal e receptivo apareceu. Fomos com ele até sua casa. Aproveitamos para lavar algumas roupas sujas e secar. Ele nos contou várias estórias de quando era escoteiro, da origem de sua família, nos deu informações importantes de nosso roteiro e preparou uma comida muita boa, juntamente com sua esposa Chica. Total do dia 50km.
Eram cerca de 14horas e 30min, quando chegamos até a cidade. Tratamos de almoçar e entrar em contato com o Luiz Capuano, amigo de Mauro Heck, que está em Iowa, EUA. Mauro, quando soube de nossa expedição, entrou em contato com Capuano, seu velho amigo, para nos ceder um pernoite em sua aconchegante casa. Após o contato com Capuano, fomos até a praça central de Cambará descansar um pouco. Deitei-me na grama e ouvi os sons das caixas de som da Igreja, que soavam alto com músicas religiosas.
Instantes depois, fomos até um supermercado comprar algumas coisas e tomar sorvete. Sentei no meio fio e fiquei com a bunda grudada em um chiclete. Retornamos para a praça. Minutos depois, Capuano, sujeito muito legal e receptivo apareceu. Fomos com ele até sua casa. Aproveitamos para lavar algumas roupas sujas e secar. Ele nos contou várias estórias de quando era escoteiro, da origem de sua família, nos deu informações importantes de nosso roteiro e preparou uma comida muita boa, juntamente com sua esposa Chica. Total do dia 50km.
No quarto dia de viagem, após um
ótimo café da manhã junto com o casal, começamos a ajeitar nossa bagagem.
Fizemos o registro fotográfico com Capuano e Chica e nos despedimos. Nossa meta
do dia era tentar fazer os dois Cânions, o do Itaimbézinho e o Fortaleza. Para
chegarmos até o Itaimbézinho tivemos que pedalar 18km por estrada de terra. Para ir o trecho é mais a descer. Quase duas horas de pedal e chegamos ao
parque. Ingresso para cada pessoa custa R$ 6,00. Começamos a trilha do
Cotovelo, 6km de ida e volta nas bordas do Cânion. A outra trilha denomina-se
Vértice, essa bem mais curta, mas também com lindos visuais de frente para as
cachoeiras. Após a visitação ao parque, tivemos que retornar para o centro de
Cambará do Sul. Essa volta foi brutal, com as subidas nos castigando bastante, juntamente com o sol que estava forte. Já no centro, fomos almoçar no mesmo
local do dia anterior, pois a comida era muito boa. Minutos depois fomos até um
posto de combustíveis, calibrar nossos pneus. Conversando com um funcionário do
posto, descobrimos que o acesso para o Cânion Fortaleza 22km, estava todo
asfaltado. Um alívio até então, a melhor notícia do dia. Asfalto novinho, com
várias lombadas e sem acostamento, com placas indicando animais silvestres á
todos instantes.
Mas essa informação do funcionário não estava completamente correta, nos deparamos com máquinas e homens trabalhando na estrada, ou seja, o acesso não estava concluído. Desse local em diante a estrada estava muito ruim, buracos e muitas pedras. A pedalada não rendia nada, foram mais 4km assim, até chegarmos à guarita de identificação dentro do parque. Eram 15h e 30 min., uma leve garoa caía. Perguntamos ao funcionário do IBAMA como estava a visão do Cânion, e ele nos informou que estava lindo. Não esperamos muito tempo e fomos em direção a ele, já que o parque fechava ás 18h00min. Foram mais 4km com a estrada muito ruim, e para piorar, uma máquina revirando a terra e os cascalhos para melhorar o acesso dos carros. Tivemos que abandonar as bicicletas, assim como quem estava de carro, para podermos entrar em uma porteira. Começamos a caminhada sobre os campos e logo nos deparamos com um lugar fantástico. Enormes paredões, rodeados de vegetações verdes em um abismo. Subimos até o ponto mais alto do Fortaleza, onde foi possível ver a cidade de Torres ao longe. Eu só tinha visto aquela visão do Fortaleza na televisão e em cartões postais até então. Ver aquilo tudo com meus próprios olhos fora uma sensação inexplicável. Em seguida voltamos para pegar as bicicletas e voltamos para aquela estrada desgraçada. Faltava encontrar a famosa pedra do segredo, não havia identificações de placas dizendo onde ela estava. Apenas uma placa velha na beira da estrada dizendo pedra do segredo e mais nada. Cada um deve se virar e procurar pelas várias trilhas existentes. Já estávamos sem tempo, e mesmo assim resolvemos dar uma procurada. Fui caminhando por dentro do rio que estava baixo até encontrar a cachoeira do Tigre Preto, mas nada da pedra.
Tentamos ainda outra trilha, mas nada. Chegando á guarita da saída do parque, perguntamos ao vigia onde estava escondida a maldita, e ele nos disse: Do lado do rio tem uma trilha que dá acesso á ela, ou seja, tínhamos que atravessar o rio.Fizemos isso, mas em direção contrária. Mas sem stress, ela continuará lá, não irá fugir, a não ser que caia.
Mas essa informação do funcionário não estava completamente correta, nos deparamos com máquinas e homens trabalhando na estrada, ou seja, o acesso não estava concluído. Desse local em diante a estrada estava muito ruim, buracos e muitas pedras. A pedalada não rendia nada, foram mais 4km assim, até chegarmos à guarita de identificação dentro do parque. Eram 15h e 30 min., uma leve garoa caía. Perguntamos ao funcionário do IBAMA como estava a visão do Cânion, e ele nos informou que estava lindo. Não esperamos muito tempo e fomos em direção a ele, já que o parque fechava ás 18h00min. Foram mais 4km com a estrada muito ruim, e para piorar, uma máquina revirando a terra e os cascalhos para melhorar o acesso dos carros. Tivemos que abandonar as bicicletas, assim como quem estava de carro, para podermos entrar em uma porteira. Começamos a caminhada sobre os campos e logo nos deparamos com um lugar fantástico. Enormes paredões, rodeados de vegetações verdes em um abismo. Subimos até o ponto mais alto do Fortaleza, onde foi possível ver a cidade de Torres ao longe. Eu só tinha visto aquela visão do Fortaleza na televisão e em cartões postais até então. Ver aquilo tudo com meus próprios olhos fora uma sensação inexplicável. Em seguida voltamos para pegar as bicicletas e voltamos para aquela estrada desgraçada. Faltava encontrar a famosa pedra do segredo, não havia identificações de placas dizendo onde ela estava. Apenas uma placa velha na beira da estrada dizendo pedra do segredo e mais nada. Cada um deve se virar e procurar pelas várias trilhas existentes. Já estávamos sem tempo, e mesmo assim resolvemos dar uma procurada. Fui caminhando por dentro do rio que estava baixo até encontrar a cachoeira do Tigre Preto, mas nada da pedra.
Tentamos ainda outra trilha, mas nada. Chegando á guarita da saída do parque, perguntamos ao vigia onde estava escondida a maldita, e ele nos disse: Do lado do rio tem uma trilha que dá acesso á ela, ou seja, tínhamos que atravessar o rio.Fizemos isso, mas em direção contrária. Mas sem stress, ela continuará lá, não irá fugir, a não ser que caia.
Saindo do parque minha bicicleta
resolveu quebrar, não tracionava mais. No primeiro instante, achei que fossem problemas
na caixa central. Um momento muito tenso, mas devidos a várias situações em que
já passei em outros pedais, o jeito foi manter a tranquilidade e a paciência.
Caminhando, mais ao mesmo tempo tentando encontrar soluções para o problema.
Alguns metros mais a frente, encontramos um caminhão e juntamente com ele, alguns
operários que trabalhavam nas obras de asfaltamento, já no término de sua
jornada de trabalho. Perguntamos se estavam indo para o centro de Cambará do
Sul, responderam que sim. Têm carona para nós? Disseram sim mais uma vez.
Alívio, embarcamos as bikes na carroceria do caminhão com a ajuda dos operários
e partimos até o centro.Tratamos de arrumar uma pousada para fazermos o
pernoite. Ainda nesse dia começamos a perguntar para as pessoas de Cambará do
Sul, onde havia uma bicicletaria na cidade. Após algumas tentativas, chegamos
ao nome do Cléo, vulgo Bife. Fomos até sua casa, mas ele não se encontrava. Seu
número de celular estava pintado em sua oficina junto a sua casa. Liguei para
ele dizendo que no dia seguinte iria à oficina tentar consertar a bicicleta
para seguir viagem. Total do dia 80km
No quinto dia de viagem, logo
cedo, por cerca das 8h e 30min, fomos até a bicicletaria do Bife. O problema
não era na central, e sim meu cubo traseiro que havia quebrado. Por ser uma
oficina pequena, Bife não possuía a maioria das chaves para abrir o cassete.
Após algumas marteladas, conseguimos abri-lo para trocarmos o cubo. Minha roda
era com 32 raios, na oficina só tinham cubos para 36 raios. O jeito foi montar a
roda assim mesmo. Também não pude usar meu cassete, tivemos que colocar uma
catraca comum para acoplar com o cubo novo. Com essa troca minha bicicleta
ficou com várias marchas a menos, tornando as pedaladas mais pesadas. Saímos da oficina perto de meio dia, após os
consertos realizados. Após o almoço, partimos em direção a São José dos Ausentes.
Pedalamos cerca de 2km e meu pneu traseiro furou. Tirei o pneu e percebi que a
fita de raio havia ficado na oficina. Por esse motivo, a câmera havia furado.
Com a bicicleta da Luiza, voltei até ela para buscar a fita e colocar um
remendo na câmera furada. Luiza esperou alguns instantes até eu voltar.
Trocamos a câmera e seguimos a viagem.
Sabíamos que íamos ter 12km de estrada
asfaltada pela frente até chegarmos ao distrito de Ouro Verde. Até nesse local
tudo tranquilo, apenas tive que soltar o freio traseiro porque estava batendo
na roda que havia ficado mal centrada. De Ouro Verde em diante, a estrada começou
a ficar ruim, com várias pedras soltas. Pedalamos mais um pouco até chegarmos á
placa da divisa municipal entre Cambará do Sul/ São José dos Ausentes.
Uma das versões do nome Ausentes, é que poucas pessoas ficavam
morando neste local por muito tempo, devido às péssimas condições climáticas, o
frio era tanto que a cidade frequentemente
tinha seu povo ausente.
Após cruzarmos a ponte sobre o
rio que limita as duas cidades, as subidas começaram a ficar constantes. O empurra bike foi necessário em alguns momentos morro acima. Assim foi, até
chegarmos à pequena e fria Ausentes. Conseguimos encontrar um mercado ainda
aberto, onde compramos mantimentos e em seguida procuramos uma pousada. Total
do dia 55km.
Sexto dia: Saímos de São José,
com um pouco de atraso. Ao pegarmos as bicicletas para sair, meu pneu traseiro
estava furado, consertamos e em seguida fomos fazer o registro fotográfico do
famoso termômetro que fica junto à pracinha central da cidade, onde marcavam
10°C, em pleno verão de janeiro.
Pedalamos alguns km, com muitos
campos em nosso entorno. A próxima localidade que íamos encontrar era o distrito
de Silveira. Uma pequena localidade com alguns barzinhos e poucos moradores costeada pelo rio Cerquinha. Após Silveira pedalamos aproximadamente mais uns 20km até encontrarmos a
Fazenda dos Aparados da Serra. Local este em que paramos para fazermos o
almoço. Deixamos nossas bagagens na pousada para não carregar pesos
desnecessários e fomos em direção ao ponto mais alto do estado do RS, o Cânion
e Pico Monte Negro, que está a 1403 metros de altitude.
Para chegar até o Monte
Negro tivemos que pedalar mais 4km, abrindo as porteiras que ficavam no meio da
estrada. Havia muita neblina, por volta das 13h e 30min. Mesmo sabendo que
não daria para ver o Cânion, resolvemos ir até sua borda, para ao menos vermos
a neblina e de termos a sensação de já ter tido colocados nossos pés naquele
local. Retornamos até a pousada para pegarmos nossas bagagens de volta e
seguimos a viagem. Faltavam mais 45km para chegarmos até o local de nossa meta
do dia, Bom Jardim da Serra/ SC.
Sempre é bom estabelecermos metas a cumprir, assim, sempre ficará uma missão a ser cumprida em cada dia.
Sempre é bom estabelecermos metas a cumprir, assim, sempre ficará uma missão a ser cumprida em cada dia.
Após encontrarmos a ponte que separa o Rio
Grande do Sul de Santa Catarina, o número de subidas aumentou, a estrada em
certos pontos vira um caminho de carroça.O empurra bike vira necessidade.
Nesse momento, minha bicicleta resolveu quebrar novamente. Mas dessa vez ainda
conseguia dar algumas pedaladas de vez em quando. Momento crítico, tenso. Mais
uma vez o meu psicológico foi colocado em jogo. Muitas coisas se passam na cabeça
nesses instantes, vontade de chorar, de gritar, de ficar sentado, de chutar a
bicicleta, de desistir. Mas nada disso iria resolver, a não ser seguir de
alguma maneira.
Muitas macieiras foram avistadas nesse trecho,
mas foi difícil roubar algumas, pois todos os pomares estavam cercados
com arames farpados.
O final da tarde se aproximava, e
com isso o frio começara a ficar intenso. A neblina também dava o seu
espetáculo. Parecia que estávamos num final de tarde cinzento de inverno. A
bicicleta nessa altura, já tinha ido para o “espaço”. Tentei jogar marchas para
cima e para baixo á todos os instantes para poder tentar engatar ao menos uma.
Raramente engatava para conseguir dar algumas pedaladas.
Antes de chegarmos á Bom Jardim
encontramos um pedaço da rodovia em obras de asfaltamento. Ao menos a
buraqueira e o caminho de carroça não precisamos mais percorrer. Uns 5km de
subidas sem poder pedalar e mais uns 3 a 4km de descidas até chegarmos ao centro da cidade, que estava encoberta de neblina. As pousadas estavam
praticamente todas lotadas e tivemos que ficar no hotel da cidade, que nos
cobrou um valor salgado em relação aos demais pernoites.
Total do dia 99km.
Sétimo dia: Após o café da manhã,
tivemos que resolver se chegaríamos até Urubici pela rodovia asfaltada, ou pelo
caminho alternativo com estrada de terra. Era um domingo de manhã, sem
hipóteses de encontrar alguma oficina para ajeitar minha bicicleta. Resolvemos
seguir pelo caminho alternativo, deixando a cidade pela localidade de Santa
Bárbara.
A Bicicleta só funcionava as marchas quando eu dava uns gritos,
parecia um fusca velho que necessitava de empurrões para engatar. No início, tivemos que perguntar a moradores locais onde era o caminho correto para
seguirmos em direção a Santa Bárbara. Havia algumas bifurcações e porteiras para nos confundir. Nosso GPS, era um mapinha impresso de alguns locais. Santa
Bárbara não constava nele. Fomos seguindo, com a estrada ruim novamente. A
bicicleta com seu segundo cubo quebrado, eu empurrando, a Luiza me empurrando. Aproveitava as descidas e seguia com cuidado.
Eu só tinha o freio dianteiro,
muitas vezes o pneu escorregava nas pedras e o risco de tomar um capote era
grande.
Não encontramos nada no caminho, nenhum bar, nenhuma mercearia,
absolutamente nada. Comemos alguns biscoitos, esse foi nosso almoço.
Andamos
pela estrada rodeada de muitas araucárias tomadas de barba de pau.
Encontramos
o rio Pelotas, que faz a divisa de Bom Jardim, com Urubici. Fomos costeando ele
com lindas paisagens em nossa volta. As subidas foram ficando cada vez mais
fortes. Empurramos as bicicletas por um bom trecho até avistarmos um
senhorzinho em uma casa para pedir algumas informações. A Luiza foi falar com
ele.Quando foi para dar a mão para cumprimentá-lo, as mãos dele estavam
ensanguentadas. Ele estava carneando um animal de sua propriedade. Então
estendeu seu braço para a Luiza e disse: Vocês vão subir mais um pouco e depois
ajam freios para descer 12km até Vacas Gordas. Retornamos para a estrada,
empurramos mais um pouco e chegamos ao topo do morro. Em meio à descida, um
taxista parou e nos anunciou a tragédia de Santa Maria, onde mais de duzentas
pessoas haviam morrido tragicamente.
Continuamos a descer até chegarmos á Vacas Gordas,
distrito de Urubici. Nesse momento não hesitei de pedir carona para um senhor
que estava de camioneta que passava pelo local. No primeiro instante, disse que
não seria possível dar carona, porque já havia dois ocupantes nela e teríamos
que acessar a rodovia por cerca de 18km até Urubici, onde a polícia rodoviária
fazia blitz. Alguns metros à frente, pararam e nos disseram para embarcar as
bicicletas na camioneta. Falaram com um amigo que morava na localidade, que
estava indo para Urubici de carro.
Enfim, bikes na camioneta, que foram levadas
até a lancheria do “Pescoço” e nós de carona no carro dele até sua lancheria para pegarmos as bicicletas. No caminho, “Pescoço” foi nos dando várias dicas
sobre a cidade. Mostrou onde ficava a bicicletaria e nos indicou uma pousada
muito boa onde ficamos hospedados.
Mais tarde fomos até sua lancheria, para retribuirmos a
grande ajuda que havia dado a nós. Total do dia 42km
Oitavo dia: Primeira coisa a ser
feita foi ir á oficina resolver o problema da minha bicicleta. O mecânico
Adriano resolveu tudo de maneira perfeita. Dessa vez, a oficina possuía chaves e
ferramentas, que possibilitou um trabalho bem realizado. Ficamos conversando
por quase toda a manhã enquanto a bicicleta era arrumada. Foi então que Adriano
nos ofereceu uma carona no dia seguinte para irmos até o Morro da Igreja. Se nossa
escolha fosse ir pedalando, íamos ter 33 km para fazer, destes 18km de subidas
muito fortes para subir até o Morro situado a 1800 metros de altitude.
Teríamos que sair pelas 04h00min horas da manhã da pousada para chegarmos ao
topo do morro entre 08h00min e 09h00min da manhã. Para que, com muita sorte vermos a pedra furada sem neblina. Não hesitamos e aceitamos essa carona marcada
para as 07h00min da manhã do dia seguinte.
Na parte da tarde, fomos fazer
o percurso em que no dia anterior passamos de carro. Subidas fortes até o
local onde havia as inscrições rupestres de civilizações passadas, mirante de
Urubici, até chegarmos á cachoeira do Avencal. Após a visitação da mesma,
retornamos ao centro de Urubici. Total do dia 31km.
Nono dia: Conforme combinado,
Adriano estava as 07h00min, juntamente com sua esposa em frente da
pousada para nos levar até o Parque Nacional São Joaquim.
Embarcamos as
bicicletas no reboque e partimos até lá. Não quis nos cobrar nada, nem a
gasolina gasta, apenas exigiu que quando chegássemos em casa, mandarmos as fotos da viagem para eles.
Despedimos-nos e agradecemos muito ao casal.
Despedimos-nos e agradecemos muito ao casal.
Ficamos por cerca de meia hora
avistando a pedra furada, fazendo os registros fotográficos de um lugar
fantástico. A neblina começava a chegar, tivemos sorte.
Talvez se fossemos
pedalando até lá não daria tempo de vermos todo aquele cenário que avistamos.
Em meio á neblina, começamos a
descida. Fomos até onde está localizada a cascata Véu de Noiva em uma
propriedade particular. Aproveitamos para tomar um chocolate quente, que estava morno e com muito
açúcar. Como fazia tempo que não chovia na região a cascata estava sem o seu brio,
ou seja, sem praticamente nada de água escorrendo nas pedras.
Retornamos para a
estrada, onde furei mais um pneu. Nosso próximo destino era a Serra do Corvo
Branco.
Para chegarmos até a Serra do
Corvo, tivemos que pedalar mais 34km. Neste local foi realizado o maior corte
em rocha arenítica no Brasil, paredões com mais de noventa metros de altura.
Mais um pneu furado e consertado.
Começamos a descer em direção a Grão Pará com a estrada com bastante areia.
Fazia bastante calor. Paramos em uma sombra para almoçar biscoitos novamente.
Devido á falta de chuvas, a estrada estava com muita poeira. O tráfego de
caminhões intenso. Alguns quilômetros mais adiante, paramos em um barzinho para
pedir informações da região. Primeiramente o roteiro seria para Rio Fortuna, São
Bonifácio, Santo Amaro da Imperatriz até Floripa, mas resolvemos encurtar a
rota e rumar para Braço do Norte, Gravatal, até Tubarão. Total do dia 113km
Chegamos á Tubarão de tardezinha,
compramos as passagens de retorno e ficamos até o dia seguinte.
Tratamos de encontrar uma papelaria para comprarmos plástico bolha e fita adesiva para embalarmos as bicicletas para embarcar no ônibus. Falamos com o motorista que havia duas bicicletas para serem embarcadas, bem embaladas. Mais uma vez fomos mal atendidos pelos funcionários da Viação União Santa Cruz. Mesmo com as bicicletas embaladas a primeira coisa que os motoristas disseram foi: Não tem espaço.
Tratamos de encontrar uma papelaria para comprarmos plástico bolha e fita adesiva para embalarmos as bicicletas para embarcar no ônibus. Falamos com o motorista que havia duas bicicletas para serem embarcadas, bem embaladas. Mais uma vez fomos mal atendidos pelos funcionários da Viação União Santa Cruz. Mesmo com as bicicletas embaladas a primeira coisa que os motoristas disseram foi: Não tem espaço.
Fizeram cara de nojo, mas acabaram encontrando um lugar para embarcar
as “malditas bicicletas”.
E assim terminou mais uma
expedição com 750km, com muitas estórias, risadas, aprendizados, perrengues,
testes de paciência, equilibrio mental e espírito de liberdade. E acima de tudo, mais amizades
conquistadas
Agradecimentos:
Mauro Heck ( Iowa EUA)
Bife ( Cambará do Sul)
Adriano Manente (Urubici)
Pescoço (Urubici)
Luiz Capuano e Chica (Cambará do
Sul)
David Kurz e Diego Pabo (Caxias
do Sul)
Marcadores:
Campos de Cima da Serra RS,
Serra Catarinense
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Cicloturismo Serra Gaúcha
Nos dias 25,26 e 27 de outubro de 2012 eu e a Luiza partimos de Santa Cruz do Sul para fazermos um cicloturismo pela serra gaúcha. Primeiro dia passamos por Venâncio Aires, pelo pedágio de Cruzeiro do Sul, onde tomamos um café, Lajeado, Colinas, esta com seus jardins muito floridos e bem arrumados por seus moradores. Seguimos em direção á cidade de Imigrante. Por lá encontramos com o caminhante e ciclista Paulo Dornsbach, tivemos um breve papo O dia estava ensolarado e quente.
Fizemos nosso almoço na cidade de Boa Vista do Sul no centrinho da cidade e em seguida partimos. Já tínhamos rodado mais de 100km. Rodamos mais alguns quilômetros e paramos em um posto na beira da rodovia. Alguns minutos parados, meléca solar no corpo e rumamos em direção de Garibaldi. Neste trecho avistamos dois cicloturistas do lado oposto da rodovia, combinamos em parar, eles atravessaram a rodovia e vieram em nossa direção. Eram o Nei e o Murilo de Urubici- SC, estavam indo até a Patagônia de bike. Naquele dia iam ir até Teutônia. Depois Lajeado, Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, onde iriam tentar encontrar com o Claiton, tiveram meu contato através do site www.warmshowers.org. Me mandaram email mas não vi, porque naquele dia nós estávamos saindo para a nossa pedalada. Foi aí que eu disse para eles que o Claiton era aquela pessoa que estava falando com eles. Muitas risadas....este mundo é mesmo pequeno. Alguns minutos de bate bato e nos despedimos, cada dupla com seus destinos.
Chegamos em Garibaldi e cada vez subindo mais. Logo chegamos em Farroupilha e ingressamos na rodovia RS 444, que passa pelos caminhos de pedra. Local este, com suas edificações em estilo italiano preservados. Após vários registros fotográficos, chegamos na localidade de Vila Jansen, distrito de Farroupilha. Já era finalzinho de tarde. Perguntamos para um morador local que estava de passagem na beira da rodovia, se até Nova Roma do Sul ainda haviam muitas subidas. Ele respondeu: Deste ponto até lá vocês vão descer até dentro do Rio das Antas. Mas a realidade não foi bem esta. Descemos 18km com lindas paisagens a beira do rio. Ainda havia comentado com a Luiza, não me convidem para voltar de Nova Roma do Sul para Farroupilha por este local. Após a longa descida chegamos na divisa municipal entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, onde avistamos uma linda ponte de ferro antiga. Mais algumas fotos e voltamos a pedalar, Vimos uma placa que indicava Nova Roma do Sul a 16 km. Parecia ser fácil fazer mais 16km, mas já estávamos cansados de ter percorrido mais de 170km com longos trechos de subidas e com o peso dos alforges. O comentário do morador concretizou-se somente até a ponte. Logo começamos a subir até o céu, esses míseros 16km eram de subidas intermináveis. Escalamos e a noite começava a surgir em nosso horizonte. Chegamos no centro de NRS perto das 20:30 horas. Fomos até um bar perguntar onde morava o Moisés Forlin, um grande amigo meu de vários anos. Nos informaram e em seguida, logo liguei para ele.Nos disse para ir na casa de seu irmão,que era logo adiante.Sua cunhada nos recepcionou e alguns minutos chegou o seu marido Pedro, irmão de Moisés. Conversamos um pouco e fomos com eles até os galpões onde são lavadas as cenouras e beterrabas que o Moisés produz. Local este onde tomamos banho. Minutos depois o Moisés chegou. Conversamos bastante e tomamos um café ao estilo italiano. Perto da meia noite fomos até a casa de Moisés fazer nosso pernoite. Total do dia 190km.
Acordamos cedo e fomos tomar o café da manhã. Após, fomos conhecer como era o funcionamento da lavagem e embalamento das cenouras e beterrabas. Tiramos umas fotos de recordação com Moysés e Pedro, logo nos despedimos e partimos para o início do segundo dia de pedal.
Nosso destino foi a cidade de Antônio Prado, cidade mais italiana do Brasil. Pegamos um percurso de aproximadamente 16km de estrada de terra. Queríamos conhecer a cascata da usina, localizada no interior do município. Não encontramos placa alguma indicando o local. Desconfiamos, em certo momento decidimos perguntar a uma moradora. Foi então que ela nos disse que havíamos passado da entrada do local. Tivemos que voltar cerca de 1,5km até encontrar a placa indicativa, que estava somente de um lado da estrada. Enfim, conhecemos a cascata da usina. Faltavam poucos km para nós chegar ao centro da cidade. As nuvens de chuva se aproximavam, juntamente com uma temperatura abafada. Chegamos no centro da cidade ao meio dia. Registramos as fotos das casas em estilo italianas, assim como a catedral do município. Em seguida procuramos um local para almoçar.
Depois do abastecimento, atravessamos a cidade, onde encontramos o pórtico de entrada da cidade para quem vem de Flores da Cunha. Foi a partir dali que começamos um longo trecho em subida, cerca de 8km. Uma subida com uma angulação bem elevada, e com bastante tráfego de caminhões. A temperatura não nos dava trégua e continuava o clima de abafamento. Mas tudo que sobe , tem que descer. Descemos estes mesmos 8km até chegar na divisa municipal entre Antônio Prado/ Flores da Cunha. Em seguida ingressamos para a cidade de Nova Pádua, onde faltava nós conhecer o Belvedere Sonda, este que, não conhecemos na pedalada de 2010, quando estivemos em Nova Pádua realizando um outro cicloturismo.
O Belvedere Sonda é um lugar fantástico, com vista para o Rio das Antas, onde o visitante tem um alcance muito amplo dos morros que cercam o rio. Após a visitação do belvedere, decidimos fazer o pernoite na própria cidade de Nova Pádua, na pousada do Miro.Total do dia 90km.
Terceiro dia: Tratamos de acordar cedo, para partir da pousada ás 06 horas e 30 min. O café da manhã era servido somente a partir das 07:30. Achamos este horário muito tarde para iniciar o pedal. Comemos os mantimentos que compramos no dia anterior e fomos até um posto de combustível encher nossas caramanholas de água.
Começamos então a descer, sempre costeando o Rio das Antas até chegar na balsa, movida por propulsão humana para atravessar o rio. O custo desta travessia é de um real por pessoa. Já do outro lado do rio, foram mais dois quilômetros até chegarmos no cachoeirão, um lindo local ,onde as águas rolam entre as inúmeras pedras dentro do rio. Depois dos registros fotográficos, retornamos pela mesma estrada, com muitas subidas, cerca de 6km, até chegarmos em Nova Roma do Sul novamente onde o empurra bike foi necessário. Paramos em um mercadinho para comprar alguns salgadinhos e passar protetor solar. Sabíamos que logo em frente teríamos uma longa descida até a ponte dos limites municipais NRS, Farroupilha. Atravessamos a ponte e mais alguns metros a frente, a subida nos esperava. A temperatura estava alta, o suor escorria na testa, e nós girando os pedais bem devagar. Ao meio dia, após a grande lomba, chegamos na Vila Jansen, onde paramos para almoçar. Neste local encontramos vários ciclistas que pedalavam pela região.
Após o almoço começamos a girar novamente e a pegar um acostamento horroroso, com grande movimentação de veículos pesados. Para tirar o stress, paramos numa sombra para comer umas laranjas que eu havia colhido na parte da manhã em NRS na beira de uma calçada.
Chegando em Garibaldi, pela meia tarde paramos em um posto de combustíveis para descansar, hidratar e nos alimentar. A partir desse ponto as coisas começaram a ficar mais fáceis, devido a altimetria que estava ao nosso favor. Velocidade alta, e logo chegamos em Imigrante, Colinas, BR 386, onde realizamos mais uma parada antes do anoitecer. Faltavam apenas 65km para o destino final. Perto das 21:00 horas nós chegamos no município de Venâncio Aires, onde paramos mais um pouquinho. A partir dali começará o caos da RST 287, com seus vários buracos no acostamento. Antes de chegarmos em casa, faltavam mais duas subidas, as sete curvas e a lomba da Santana em Santa Cruz do Sul. Ambas vencidas e término do ciclotur, ás 23 horas, totalizando 211 km neste dia e 491km nos três dias.
Agradecemos a todas as pessoas que nos ajudaram em mais esta jornada. Obrigado de coração.
Fizemos nosso almoço na cidade de Boa Vista do Sul no centrinho da cidade e em seguida partimos. Já tínhamos rodado mais de 100km. Rodamos mais alguns quilômetros e paramos em um posto na beira da rodovia. Alguns minutos parados, meléca solar no corpo e rumamos em direção de Garibaldi. Neste trecho avistamos dois cicloturistas do lado oposto da rodovia, combinamos em parar, eles atravessaram a rodovia e vieram em nossa direção. Eram o Nei e o Murilo de Urubici- SC, estavam indo até a Patagônia de bike. Naquele dia iam ir até Teutônia. Depois Lajeado, Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, onde iriam tentar encontrar com o Claiton, tiveram meu contato através do site www.warmshowers.org. Me mandaram email mas não vi, porque naquele dia nós estávamos saindo para a nossa pedalada. Foi aí que eu disse para eles que o Claiton era aquela pessoa que estava falando com eles. Muitas risadas....este mundo é mesmo pequeno. Alguns minutos de bate bato e nos despedimos, cada dupla com seus destinos.
Chegamos em Garibaldi e cada vez subindo mais. Logo chegamos em Farroupilha e ingressamos na rodovia RS 444, que passa pelos caminhos de pedra. Local este, com suas edificações em estilo italiano preservados. Após vários registros fotográficos, chegamos na localidade de Vila Jansen, distrito de Farroupilha. Já era finalzinho de tarde. Perguntamos para um morador local que estava de passagem na beira da rodovia, se até Nova Roma do Sul ainda haviam muitas subidas. Ele respondeu: Deste ponto até lá vocês vão descer até dentro do Rio das Antas. Mas a realidade não foi bem esta. Descemos 18km com lindas paisagens a beira do rio. Ainda havia comentado com a Luiza, não me convidem para voltar de Nova Roma do Sul para Farroupilha por este local. Após a longa descida chegamos na divisa municipal entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, onde avistamos uma linda ponte de ferro antiga. Mais algumas fotos e voltamos a pedalar, Vimos uma placa que indicava Nova Roma do Sul a 16 km. Parecia ser fácil fazer mais 16km, mas já estávamos cansados de ter percorrido mais de 170km com longos trechos de subidas e com o peso dos alforges. O comentário do morador concretizou-se somente até a ponte. Logo começamos a subir até o céu, esses míseros 16km eram de subidas intermináveis. Escalamos e a noite começava a surgir em nosso horizonte. Chegamos no centro de NRS perto das 20:30 horas. Fomos até um bar perguntar onde morava o Moisés Forlin, um grande amigo meu de vários anos. Nos informaram e em seguida, logo liguei para ele.Nos disse para ir na casa de seu irmão,que era logo adiante.Sua cunhada nos recepcionou e alguns minutos chegou o seu marido Pedro, irmão de Moisés. Conversamos um pouco e fomos com eles até os galpões onde são lavadas as cenouras e beterrabas que o Moisés produz. Local este onde tomamos banho. Minutos depois o Moisés chegou. Conversamos bastante e tomamos um café ao estilo italiano. Perto da meia noite fomos até a casa de Moisés fazer nosso pernoite. Total do dia 190km.
Acordamos cedo e fomos tomar o café da manhã. Após, fomos conhecer como era o funcionamento da lavagem e embalamento das cenouras e beterrabas. Tiramos umas fotos de recordação com Moysés e Pedro, logo nos despedimos e partimos para o início do segundo dia de pedal.
Nosso destino foi a cidade de Antônio Prado, cidade mais italiana do Brasil. Pegamos um percurso de aproximadamente 16km de estrada de terra. Queríamos conhecer a cascata da usina, localizada no interior do município. Não encontramos placa alguma indicando o local. Desconfiamos, em certo momento decidimos perguntar a uma moradora. Foi então que ela nos disse que havíamos passado da entrada do local. Tivemos que voltar cerca de 1,5km até encontrar a placa indicativa, que estava somente de um lado da estrada. Enfim, conhecemos a cascata da usina. Faltavam poucos km para nós chegar ao centro da cidade. As nuvens de chuva se aproximavam, juntamente com uma temperatura abafada. Chegamos no centro da cidade ao meio dia. Registramos as fotos das casas em estilo italianas, assim como a catedral do município. Em seguida procuramos um local para almoçar.
Depois do abastecimento, atravessamos a cidade, onde encontramos o pórtico de entrada da cidade para quem vem de Flores da Cunha. Foi a partir dali que começamos um longo trecho em subida, cerca de 8km. Uma subida com uma angulação bem elevada, e com bastante tráfego de caminhões. A temperatura não nos dava trégua e continuava o clima de abafamento. Mas tudo que sobe , tem que descer. Descemos estes mesmos 8km até chegar na divisa municipal entre Antônio Prado/ Flores da Cunha. Em seguida ingressamos para a cidade de Nova Pádua, onde faltava nós conhecer o Belvedere Sonda, este que, não conhecemos na pedalada de 2010, quando estivemos em Nova Pádua realizando um outro cicloturismo.
O Belvedere Sonda é um lugar fantástico, com vista para o Rio das Antas, onde o visitante tem um alcance muito amplo dos morros que cercam o rio. Após a visitação do belvedere, decidimos fazer o pernoite na própria cidade de Nova Pádua, na pousada do Miro.Total do dia 90km.
Terceiro dia: Tratamos de acordar cedo, para partir da pousada ás 06 horas e 30 min. O café da manhã era servido somente a partir das 07:30. Achamos este horário muito tarde para iniciar o pedal. Comemos os mantimentos que compramos no dia anterior e fomos até um posto de combustível encher nossas caramanholas de água.
Começamos então a descer, sempre costeando o Rio das Antas até chegar na balsa, movida por propulsão humana para atravessar o rio. O custo desta travessia é de um real por pessoa. Já do outro lado do rio, foram mais dois quilômetros até chegarmos no cachoeirão, um lindo local ,onde as águas rolam entre as inúmeras pedras dentro do rio. Depois dos registros fotográficos, retornamos pela mesma estrada, com muitas subidas, cerca de 6km, até chegarmos em Nova Roma do Sul novamente onde o empurra bike foi necessário. Paramos em um mercadinho para comprar alguns salgadinhos e passar protetor solar. Sabíamos que logo em frente teríamos uma longa descida até a ponte dos limites municipais NRS, Farroupilha. Atravessamos a ponte e mais alguns metros a frente, a subida nos esperava. A temperatura estava alta, o suor escorria na testa, e nós girando os pedais bem devagar. Ao meio dia, após a grande lomba, chegamos na Vila Jansen, onde paramos para almoçar. Neste local encontramos vários ciclistas que pedalavam pela região.
Após o almoço começamos a girar novamente e a pegar um acostamento horroroso, com grande movimentação de veículos pesados. Para tirar o stress, paramos numa sombra para comer umas laranjas que eu havia colhido na parte da manhã em NRS na beira de uma calçada.
Chegando em Garibaldi, pela meia tarde paramos em um posto de combustíveis para descansar, hidratar e nos alimentar. A partir desse ponto as coisas começaram a ficar mais fáceis, devido a altimetria que estava ao nosso favor. Velocidade alta, e logo chegamos em Imigrante, Colinas, BR 386, onde realizamos mais uma parada antes do anoitecer. Faltavam apenas 65km para o destino final. Perto das 21:00 horas nós chegamos no município de Venâncio Aires, onde paramos mais um pouquinho. A partir dali começará o caos da RST 287, com seus vários buracos no acostamento. Antes de chegarmos em casa, faltavam mais duas subidas, as sete curvas e a lomba da Santana em Santa Cruz do Sul. Ambas vencidas e término do ciclotur, ás 23 horas, totalizando 211 km neste dia e 491km nos três dias.
Agradecemos a todas as pessoas que nos ajudaram em mais esta jornada. Obrigado de coração.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Randonnée 1000km Giro do Chimarrão 2010 Sociedade Audax POA
Há duas semanas antes desse Brevet, eu comprei uma bicicleta nova. Antes pedalava com uma bicicleta aro 26, com ela pedalei todos os brevet do ano, passado inclusive o Farrapos 1000. Surgiu uma grande dúvida em minha cabeça, com qual bike eu iria fazer os 1000 desse ano. Com a bike antiga eu estava bem adaptado, conhecia cada probleminha que ela me ocasionava. Só que eu queria render mais, por isso adquiri uma híbrida. Fiz dois testes com ela antes do Giro da Lomba, um pedal de 50 km, onde furei uma câmera, e outro pedal totalizando 240 km. No último treino nenhum furo, um ótimo rendimento, e uma ótima adaptação.
Depois desses 290 km com uma boa adaptação e sem nenhum problema maior, decidi fazer a prova com a híbrida.
Depois de toda a ansiedade antes da prova, havia chegado o grande momento, a largada. Mais de vinte ciclistas insanos para percorrerem 1007 km em setenta e cinco horas num percurso com uma altimetria desafiadora.
Após a largada perto do pedágio da Concepa na BR 290minha primeira câmera furada. Fiquei por último vendo os demais ciclistas me ultrapassarem. Lazary me ajudou dando a iluminação. A causa do furo foram fagulhas de pneus, que logo encontrei – as. Dali segui até Pantano Grande já no km 120 da prova com uma breve parada na Rabelândia para um café e uma torrada.
Vinte km depois dali, o segundo furo, dessa vez nenhum objeto foi encontrado. Novamente estava em último na prova. Mais alguns quilômetros e cheguei ao primeiro PC. Dei as câmeras ao voluntário Graxa consertar para mim, alguns minutos depois segui até Cachoeira do Sul, até chegar ao posto do Édison para fazer o abastecimento.
O dia estava ensolarado com o clima quente, o desgaste foi aumentando perto do meio dia. Depois de sair da BR 153 entrei na RST 287, foram 18 km de movimento intenso com um acostamento ridículo ao qual estou acostumado a pedalar seguidamente. Antes da temida subida de Candelária parei num boteco para abastecer bem as caramanholas e me alimentar para encarar a primeira grande lomba da prova. O sol continuava muito forte e me castigando. Pela metade da subida dei uma parada para refrescar a mente. Em seguida encontrei um ciclista que havia recém desistido da prova. Continuei até chegar ao PC dois em Passa Sete km 282 da prova. Os primeiros sinais de sono começavam a aparecer.
Em Arroio do Tigre encontrei o ciclista e voluntário pedalante Udo que havia saído do PC para tirar algumas fotos. Em Arroio do Tigre as descidas começaram a aparecer, mas logo sumiram e deram lugar a subidas novamente. Cheguei ao km 330 em Estrela Velha já anoitecendo junto com mais alguns ciclistas, Miorando, Amilkar, Francisco, Saul, Cláudio, Rafael e Gílson.
Eu estava bem desgastado, com sono, assim como o ciclista Gílson. Dei uma cochilada na mesa, enquanto Gílson deitou se um pouco numa poltrona. Após um tempo de cochilo acordei e aguardei os demais ciclistas para partirmos juntos.
Já em Salto do Jacuí encontramos o Jéferson e o Beto, ambos famintos. Não haviam parado em Estrela Velha. Dei meu sanduíche e algumas mariolas a eles, eu estava bem alimentado naquele momento. Sacrifiquei minha comida para os próximos 130 km para não ver dois parceiros desistirem do Brevet por falta de comida.
Fomos seguindo para Cruz Alta com bastante sono, gritando pela noite para o encosto do sono ir embora. Esperamos o Rafael tirar um cochilo nas moitas na beira da rodovia e seguimos. O frio estava ficando intenso pelas cinco horas da manhã eu precisando de um café e não havia nenhum estabelecimento aberto ainda. Nisso perto da PRF apareceu o Mogens, achei que fosse a salvação para o meu café, mas foi apenas mais um delírio. Mogens não tinha café, mas resolveu o problema. Foi até a polícia e conseguiu um café para nós. Logo após segui até o Hotel F4 em Ijuí enfrentando vários buracos na rodovia escura. Cheguei ao Hotel ás 5 e 10 da manhã, tomei um banho e tirei um sono de duas horas. Para acordar foi um inferno, a vontade de desistir foi grande. Fui forte e resolvi permanecer em estado vegetativo. Tomei o café da manhã e parti juntamente com o Cláudio para ingressar na BR 285. A rodovia possuía buracos no acostamento, em grande parte do trecho consegui andar sobre a linha branca com cuidado. O grande vilão desse trecho não foram os buracos aos quais muitos temiam, e sim as lombas e o vento contra que soprava.
Ninguém deu importância para estes dois elementos antes da prova. Talvez um erro de estratégia de alguns ou um simples esquecimento de tanto falar em buracos.
Depois de 30 km percorridos na 285 furei mais uma câmera de ar. Mais uma vez não encontrei nada no pneu.
Mais alguns km percorridos juntamente com o Cláudio e mais uma vez a maldita câmera fura, já era o quarto furo da prova. Verifiquei o pneu, a fita do aro, tudo parecia perfeito.
Após mais um conserto paramos para almoçar e continuamos com o vento a soprar contra e a subir mais lombas.
Chegamos ao PC virtual em Carazinho, á tardinha, onde comemos uma macarronada com ovos fritos e seguimos até ingressarmos na BR 386.
Estávamos bem cansados no km 600 da prova a pior parte do roteiro já havia sido feito. Sabíamos que a partir dali começaríamos a ter um trajeto mais fácil, isso se o sono deixasse. Eu estava num ritmo bom e resolvi pedalar um pouco mais rápido que os demais ciclistas que estavam comigo.
Cheguei ao PC5 em Soledade km 658 da prova por volta das 22 e 30 min. Mais um cochilo de meia hora e alimentação. Em seguida parti com os mesmos ciclistas que estavam comigo anteriormente e o Lazary que depois de se perder na rota e ir para Passo Fundo juntou – se a nós.
Alguns quilômetros a mais e decidimos tirar um cochilo num abrigo que encontramos na beira da rodovia. Deitamos sobre uma chapa de madeira e cochilamos, acordamos com um frio tremendo. Ninguém havia lembrado de pegar o cobertor de emergência para nos cobrirmos.
Mais alguns quilômetros madrugada adentro e chegamos em Vila Assis, onde paramos para tomarmos café e nos alimentar. Quando fomos partir o pneu traseiro estava murcho, quinto furo e nada de eu encontrar a maldição. Lazary me deu uma câmera nova, alemã, talvez essa seria a solução.
Seguimos em direção a Pouso Novo num trecho com 8 km de descidas constantes. Após a descida paramos no pedágio e esperamos pelos demais que estavam um pouco mais lentos. Velho Lazary e Baldasso resolveram não fazer o caminho por onde passam as motos e bicicletas, pegaram uma estradinha que dava do outro lado da cerca do pedágio para cassarem algumas borboletas ao amanhecer. Erraram o caminho devido aos delírios e as seqüelas.
Chegamos em Lajeado PC6 km 752 por volta das 8he30min da manhã, bastante cansados e com fome. Pedimos uma macarronada deliciosa para saciar nossa fome e em seguida partimos pela BR 386, com um lindo dia de sol.
Após uns 15 quilômetros de retomada de pedal, mais uma vez câmera traseira furada. Mais um conserto, sexto da prova. Cinco Km depois foi a vez do Baldasso furar uma. Paramos consertamos e seguimos. Dez quilômetros adiante mais uma vez, adivinhem de quem?
Já estava de saco cheio com essa perca de tempo, a vontade era grande para desistir. Mas ainda havia tempo e resolvi seguir com o psicológico muito abalado.
Começamos a pedalar num ritmo forte, para recuperarmos o tempo perdido. De Fazenda Vila Nova até o PC7 km 802 de Tabaí.
Deixei as coisas que não quis mais com a Luiza, voluntária da prova. Eliminei um pouco de peso, troquei de roda com o Udo, também voluntário para ver se terminava o meu problema com as câmeras. Cláudio e Baldasso saíram antes do que eu. Resolvi parar um pouco mais no PC.
Pedalei por cerca de mais 15 quilômetros e mais um furo. Oitavo da prova. Mesmo com outra roda furei de novo, falta de sorte.
Perto de Passo do Sobrado restando uns 140 km para o final do Brevet, mais uma vez furei. Eu não tinha mais condições de ficar verificando nada, mal conseguia trocar a câmera, estava com muito sono. Joguei bastante água no rosto e decidi pedalar num ritmo alucinante, atacando as subidas até o PC8 Km 902 no PPP em General Câmara. Um breve descanso e uma massagem nas pernas. Em seguida parti com o Gílson e o Lazary, onde os acompanhei até o Trevo de acesso a General Câmara. Eles pararam para tomar um café e eu segui, com medo de furar mais um pneu. Se assim fosse, ganharia um tempo em relação a eles. Estando atrás do Lazary na prova, era sinal que eu estaria atrasado, preferi ficar a sua frente.
Quando eu estava em Charqueadas o sono havia me dominado por completo, corri riscos de dormir em cima da bicicleta a qualquer momento. Vi vultos, assombrações e outras coisas que nem lembro. Estava delirando. Cheguei no Postaço em Charqueadas por volta das 22 e 30 min de domingo. Por milagre sem furar pneu. Restavam cerca de 50 km para o final da prova. Não sei de onde tirei forças para conseguir ficar acordado. Meu ritmo era muito lento, assim fui me arrastando até o final do Giro. Completei a prova faltando meia hora para o seu término.
Para mim foi uma grande superação, depois de tudo que havia me acontecido. Cansei mais de trocar câmeras do que pedalar.
A todos que terminaram a prova com sucesso, meus parabéns. Aos que desistiram por algum motivo, vocês são guerreiros e tiveram coragem em encarar uma prova de mil km numa altimetria desafiadora. Para as próximas provas virão mais fortes, podem crer.
Claiton (Bughera)
Depois desses 290 km com uma boa adaptação e sem nenhum problema maior, decidi fazer a prova com a híbrida.
Depois de toda a ansiedade antes da prova, havia chegado o grande momento, a largada. Mais de vinte ciclistas insanos para percorrerem 1007 km em setenta e cinco horas num percurso com uma altimetria desafiadora.
Após a largada perto do pedágio da Concepa na BR 290minha primeira câmera furada. Fiquei por último vendo os demais ciclistas me ultrapassarem. Lazary me ajudou dando a iluminação. A causa do furo foram fagulhas de pneus, que logo encontrei – as. Dali segui até Pantano Grande já no km 120 da prova com uma breve parada na Rabelândia para um café e uma torrada.
Vinte km depois dali, o segundo furo, dessa vez nenhum objeto foi encontrado. Novamente estava em último na prova. Mais alguns quilômetros e cheguei ao primeiro PC. Dei as câmeras ao voluntário Graxa consertar para mim, alguns minutos depois segui até Cachoeira do Sul, até chegar ao posto do Édison para fazer o abastecimento.
O dia estava ensolarado com o clima quente, o desgaste foi aumentando perto do meio dia. Depois de sair da BR 153 entrei na RST 287, foram 18 km de movimento intenso com um acostamento ridículo ao qual estou acostumado a pedalar seguidamente. Antes da temida subida de Candelária parei num boteco para abastecer bem as caramanholas e me alimentar para encarar a primeira grande lomba da prova. O sol continuava muito forte e me castigando. Pela metade da subida dei uma parada para refrescar a mente. Em seguida encontrei um ciclista que havia recém desistido da prova. Continuei até chegar ao PC dois em Passa Sete km 282 da prova. Os primeiros sinais de sono começavam a aparecer.
Em Arroio do Tigre encontrei o ciclista e voluntário pedalante Udo que havia saído do PC para tirar algumas fotos. Em Arroio do Tigre as descidas começaram a aparecer, mas logo sumiram e deram lugar a subidas novamente. Cheguei ao km 330 em Estrela Velha já anoitecendo junto com mais alguns ciclistas, Miorando, Amilkar, Francisco, Saul, Cláudio, Rafael e Gílson.
Eu estava bem desgastado, com sono, assim como o ciclista Gílson. Dei uma cochilada na mesa, enquanto Gílson deitou se um pouco numa poltrona. Após um tempo de cochilo acordei e aguardei os demais ciclistas para partirmos juntos.
Já em Salto do Jacuí encontramos o Jéferson e o Beto, ambos famintos. Não haviam parado em Estrela Velha. Dei meu sanduíche e algumas mariolas a eles, eu estava bem alimentado naquele momento. Sacrifiquei minha comida para os próximos 130 km para não ver dois parceiros desistirem do Brevet por falta de comida.
Fomos seguindo para Cruz Alta com bastante sono, gritando pela noite para o encosto do sono ir embora. Esperamos o Rafael tirar um cochilo nas moitas na beira da rodovia e seguimos. O frio estava ficando intenso pelas cinco horas da manhã eu precisando de um café e não havia nenhum estabelecimento aberto ainda. Nisso perto da PRF apareceu o Mogens, achei que fosse a salvação para o meu café, mas foi apenas mais um delírio. Mogens não tinha café, mas resolveu o problema. Foi até a polícia e conseguiu um café para nós. Logo após segui até o Hotel F4 em Ijuí enfrentando vários buracos na rodovia escura. Cheguei ao Hotel ás 5 e 10 da manhã, tomei um banho e tirei um sono de duas horas. Para acordar foi um inferno, a vontade de desistir foi grande. Fui forte e resolvi permanecer em estado vegetativo. Tomei o café da manhã e parti juntamente com o Cláudio para ingressar na BR 285. A rodovia possuía buracos no acostamento, em grande parte do trecho consegui andar sobre a linha branca com cuidado. O grande vilão desse trecho não foram os buracos aos quais muitos temiam, e sim as lombas e o vento contra que soprava.
Ninguém deu importância para estes dois elementos antes da prova. Talvez um erro de estratégia de alguns ou um simples esquecimento de tanto falar em buracos.
Depois de 30 km percorridos na 285 furei mais uma câmera de ar. Mais uma vez não encontrei nada no pneu.
Mais alguns km percorridos juntamente com o Cláudio e mais uma vez a maldita câmera fura, já era o quarto furo da prova. Verifiquei o pneu, a fita do aro, tudo parecia perfeito.
Após mais um conserto paramos para almoçar e continuamos com o vento a soprar contra e a subir mais lombas.
Chegamos ao PC virtual em Carazinho, á tardinha, onde comemos uma macarronada com ovos fritos e seguimos até ingressarmos na BR 386.
Estávamos bem cansados no km 600 da prova a pior parte do roteiro já havia sido feito. Sabíamos que a partir dali começaríamos a ter um trajeto mais fácil, isso se o sono deixasse. Eu estava num ritmo bom e resolvi pedalar um pouco mais rápido que os demais ciclistas que estavam comigo.
Cheguei ao PC5 em Soledade km 658 da prova por volta das 22 e 30 min. Mais um cochilo de meia hora e alimentação. Em seguida parti com os mesmos ciclistas que estavam comigo anteriormente e o Lazary que depois de se perder na rota e ir para Passo Fundo juntou – se a nós.
Alguns quilômetros a mais e decidimos tirar um cochilo num abrigo que encontramos na beira da rodovia. Deitamos sobre uma chapa de madeira e cochilamos, acordamos com um frio tremendo. Ninguém havia lembrado de pegar o cobertor de emergência para nos cobrirmos.
Mais alguns quilômetros madrugada adentro e chegamos em Vila Assis, onde paramos para tomarmos café e nos alimentar. Quando fomos partir o pneu traseiro estava murcho, quinto furo e nada de eu encontrar a maldição. Lazary me deu uma câmera nova, alemã, talvez essa seria a solução.
Seguimos em direção a Pouso Novo num trecho com 8 km de descidas constantes. Após a descida paramos no pedágio e esperamos pelos demais que estavam um pouco mais lentos. Velho Lazary e Baldasso resolveram não fazer o caminho por onde passam as motos e bicicletas, pegaram uma estradinha que dava do outro lado da cerca do pedágio para cassarem algumas borboletas ao amanhecer. Erraram o caminho devido aos delírios e as seqüelas.
Chegamos em Lajeado PC6 km 752 por volta das 8he30min da manhã, bastante cansados e com fome. Pedimos uma macarronada deliciosa para saciar nossa fome e em seguida partimos pela BR 386, com um lindo dia de sol.
Após uns 15 quilômetros de retomada de pedal, mais uma vez câmera traseira furada. Mais um conserto, sexto da prova. Cinco Km depois foi a vez do Baldasso furar uma. Paramos consertamos e seguimos. Dez quilômetros adiante mais uma vez, adivinhem de quem?
Já estava de saco cheio com essa perca de tempo, a vontade era grande para desistir. Mas ainda havia tempo e resolvi seguir com o psicológico muito abalado.
Começamos a pedalar num ritmo forte, para recuperarmos o tempo perdido. De Fazenda Vila Nova até o PC7 km 802 de Tabaí.
Deixei as coisas que não quis mais com a Luiza, voluntária da prova. Eliminei um pouco de peso, troquei de roda com o Udo, também voluntário para ver se terminava o meu problema com as câmeras. Cláudio e Baldasso saíram antes do que eu. Resolvi parar um pouco mais no PC.
Pedalei por cerca de mais 15 quilômetros e mais um furo. Oitavo da prova. Mesmo com outra roda furei de novo, falta de sorte.
Perto de Passo do Sobrado restando uns 140 km para o final do Brevet, mais uma vez furei. Eu não tinha mais condições de ficar verificando nada, mal conseguia trocar a câmera, estava com muito sono. Joguei bastante água no rosto e decidi pedalar num ritmo alucinante, atacando as subidas até o PC8 Km 902 no PPP em General Câmara. Um breve descanso e uma massagem nas pernas. Em seguida parti com o Gílson e o Lazary, onde os acompanhei até o Trevo de acesso a General Câmara. Eles pararam para tomar um café e eu segui, com medo de furar mais um pneu. Se assim fosse, ganharia um tempo em relação a eles. Estando atrás do Lazary na prova, era sinal que eu estaria atrasado, preferi ficar a sua frente.
Quando eu estava em Charqueadas o sono havia me dominado por completo, corri riscos de dormir em cima da bicicleta a qualquer momento. Vi vultos, assombrações e outras coisas que nem lembro. Estava delirando. Cheguei no Postaço em Charqueadas por volta das 22 e 30 min de domingo. Por milagre sem furar pneu. Restavam cerca de 50 km para o final da prova. Não sei de onde tirei forças para conseguir ficar acordado. Meu ritmo era muito lento, assim fui me arrastando até o final do Giro. Completei a prova faltando meia hora para o seu término.
Para mim foi uma grande superação, depois de tudo que havia me acontecido. Cansei mais de trocar câmeras do que pedalar.
A todos que terminaram a prova com sucesso, meus parabéns. Aos que desistiram por algum motivo, vocês são guerreiros e tiveram coragem em encarar uma prova de mil km numa altimetria desafiadora. Para as próximas provas virão mais fortes, podem crer.
Claiton (Bughera)
Randonnée Farrapos 1000km em 2009 Santa Ciclismo.
Minha prova começou as 2 e 30 da manhã de quinta feira dia 30 de julho. Parti de Vera Cruz
juntamente com o Udo, pedalamos 12 km Até o local de início da prova.
Achei que já chegaria aquecido para a prova,que nada, estava um frio da porra.Termômetro marcando 2 graus, logo passou em minha cabeça como estaria para os lados de Encruzilhada, Canguçu. Mas a partir dali não tinha mais nada a ser feito do que pedalar e encarar o frio.
Segui num ritmo cadenciado, sem forçar muito. Alguns ciclistas em minha frente, outros mais atrás, eu estava pelo meio do bolo. Resolvi fazer o meu próprio ritmo, sem me afobar e querer seguir os que estavam mais rápido. A solidão estava recém começando em meio a escuridão. Chegando na descida das Polacas perto de Rio Pardo, o primeiro imprevisto, meu espelho retrovisor caiu.Tive que parar no meio da descida para procurar aquilo que poderia fazer falta mais adiante.
Chegando no trevo de acesso a Pantano Grande ( Capital do Mijo ), decidi não parar na Raabelândia. Fui seguindo sempre no mesmo ritmo e sozinho. Já em Encruzilhada do Sul o frio começava a ficar vilento, o vento gelado batendo de frente, sensação térmica abaixo de zero, e eu ali disposto a encarar qualquer coisa.
Cinco km antes do primeiro PA, percebi q minha roda traseira estava com algum problema, parei e vi que o pneu estava para fora do aro. Decidi andar assim até o PA.
Quando fui para tirar o pneu, comecei a apanhar, devido aos meus dedos estarem praticamente congelados do frio. O Miguel percebeu e deu uma força, valeu Miguel. Em seguida fui comer um macarrão quentinho com molho de graxaim.
O sol começava a brilhar e a temperatura ficando mais agradável, um alívio, pelo menos até a próxima noite. Segui sem problemas até o boteco da ponte do Rio Camaquã, onde parei para tomar um café e comer uns biscoitos. Dali foram mais uns45 km até o primeiro Pc da prova.
Parei para almoçar, escovar os dentes,comer umas bergamotas e maçãs. Levei mais algumas frutas comigo para fazer os próximos50 km até depois da subida do Abranjo, cerca de 5 km de ascensão.
Depois da subida do Abranjo estava o Miguel com o PC móvel. Tomei um café, mais duas bananas e uma barra de cereal made in hand by Rolf. Peguei alguns jornais e forrei o tórax para amenizar o frio que começava a aparecer novamente. Segui em direção a próxima parada, o mesmo local que servia molho de Graxaim. Dessa vez resolvi não comer, fiquei na base do café.
Depois do café, essa parte do trajeto de retorno a Raabelândia era considerada tranqüila. Isso se não fosse o frio, os dedos voltavam a congelar. Chegando à Pantano Grande consegui umas sacolas plásticas para colocar sobre as luvas.
Jornais, sacolas de supermercado, eu parecia um mendigo pedalante noturno, foi assim que comecei aquele trecho, com acostamentos ruins, subidinhas leves que pareciam longas. O sono começava a dar seus primeiros sinais. Chegueiem Santa Cruz do Sul as 2 e 30h junto com o Udo. Passaporte carimbado, 416km de pedal concluídos,e nada de dormir. Conforme o planejado viemos até Vera Cruz ( capital do sono). Nesse trecho lideramos a prova. Andávamos num ritmo muito lento, com sono, cansaço, mas mesmo lentos, liderávamos a prova, enquanto os outros ciclistas dormiam no Hotel em Santa Cruz. Chegamos em VC por volta das 3 e 15 da manhã de sexta feira. Marcamos nossa saída para as 8 e 30 h.Devido a alguns atrasos partimos as 09:00.
O movimento de veículos entre VC e Novo Cabrais era grande, conforme o esperado. Em Candelária encontramos o Isac, nos juntamos a ele e pedalamos até o PAem Novo Cabrais num ritmo muito bom. Lá encontramos o companheiro Oswaldo com problemas.Trocamos algumas palavras, tomamos café e partimos.
Na parte de Novo Cabrais a Cachoeira do sul, o cuidado teve que ser redobrado, estavam fazendo o recapeamento da rodovia. Seguimos até um posto em Cachoeira onde paramos para almoçar. Quando estávamos saindo o colega Jéferson Buzina vinha chegando.
Quando faltavam cerca de10 km para o PC do Papagaios, nos juntamos com o Jonas, e o Velho Lazary.
Uma breve parada no Papagaio e ingressamos na Br 290, onde o vento era forte contra nós. Nessa altura da prova estava eu, Udo, Rubens, Vitor, Rogério e se não me engano o Édson. Pedalávamos pela rodovia dos caminhoneiros. Paramos no pedágio de Pantano Grande para secarmos as térmicas de chá e café, tudo de graça, ao menos isso.
Dali pedalamos num ritmo forte até o Posto Dragãoem Rio Pardo , onde foi feita mais uma parada para café e lanche.
A chegadaem Santa Cruz do Sul foi por cerca das 22h e 30 min. A segunda parte da prova 227 km , acabava de ser concluída.
Partimos do Hotel Antonios local do PC
Segui num ritmo cadenciado, sem forçar muito. Alguns ciclistas em minha frente, outros mais atrás, eu estava pelo meio do bolo. Resolvi fazer o meu próprio ritmo, sem me afobar e querer seguir os que estavam mais rápido. A solidão estava recém começando em meio a escuridão. Chegando na descida das Polacas perto de Rio Pardo, o primeiro imprevisto, meu espelho retrovisor caiu.Tive que parar no meio da descida para procurar aquilo que poderia fazer falta mais adiante.
Chegando no trevo de acesso a Pantano Grande ( Capital do Mijo ), decidi não parar na Raabelândia. Fui seguindo sempre no mesmo ritmo e sozinho. Já em Encruzilhada do Sul o frio começava a ficar vilento, o vento gelado batendo de frente, sensação térmica abaixo de zero, e eu ali disposto a encarar qualquer coisa.
Cinco km antes do primeiro PA, percebi q minha roda traseira estava com algum problema, parei e vi que o pneu estava para fora do aro. Decidi andar assim até o PA.
Quando fui para tirar o pneu, comecei a apanhar, devido aos meus dedos estarem praticamente congelados do frio. O Miguel percebeu e deu uma força, valeu Miguel. Em seguida fui comer um macarrão quentinho com molho de graxaim.
O sol começava a brilhar e a temperatura ficando mais agradável, um alívio, pelo menos até a próxima noite. Segui sem problemas até o boteco da ponte do Rio Camaquã, onde parei para tomar um café e comer uns biscoitos. Dali foram mais uns
Parei para almoçar, escovar os dentes,comer umas bergamotas e maçãs. Levei mais algumas frutas comigo para fazer os próximos
Depois da subida do Abranjo estava o Miguel com o PC móvel. Tomei um café, mais duas bananas e uma barra de cereal made in hand by Rolf. Peguei alguns jornais e forrei o tórax para amenizar o frio que começava a aparecer novamente. Segui em direção a próxima parada, o mesmo local que servia molho de Graxaim. Dessa vez resolvi não comer, fiquei na base do café.
Depois do café, essa parte do trajeto de retorno a Raabelândia era considerada tranqüila. Isso se não fosse o frio, os dedos voltavam a congelar. Chegando à Pantano Grande consegui umas sacolas plásticas para colocar sobre as luvas.
Jornais, sacolas de supermercado, eu parecia um mendigo pedalante noturno, foi assim que comecei aquele trecho, com acostamentos ruins, subidinhas leves que pareciam longas. O sono começava a dar seus primeiros sinais. Cheguei
O movimento de veículos entre VC e Novo Cabrais era grande, conforme o esperado. Em Candelária encontramos o Isac, nos juntamos a ele e pedalamos até o PA
Na parte de Novo Cabrais a Cachoeira do sul, o cuidado teve que ser redobrado, estavam fazendo o recapeamento da rodovia. Seguimos até um posto em Cachoeira onde paramos para almoçar. Quando estávamos saindo o colega Jéferson Buzina vinha chegando.
Quando faltavam cerca de
Uma breve parada no Papagaio e ingressamos na Br 290, onde o vento era forte contra nós. Nessa altura da prova estava eu, Udo, Rubens, Vitor, Rogério e se não me engano o Édson. Pedalávamos pela rodovia dos caminhoneiros. Paramos no pedágio de Pantano Grande para secarmos as térmicas de chá e café, tudo de graça, ao menos isso.
Dali pedalamos num ritmo forte até o Posto Dragão
A chegada
Partimos do Hotel Antonios local do PC
juntamente com O Faccin e o Rodrigo.
O tempo começava a fechar, dei uma parada no posto Nevoeiro para pegar algumas sacolas plásticas para colocar meus pertences para não molhar em caso de chuva.
Chegamos no Casa Cheia por volta das 23 e 30, quase fechando o local, tiveram q suportar ciclistas famintos e com sede de café.
Uma leve garoa começará a cair, o frio havia dado uma trégua. Seguimos batendo uns papos com nada de útil até perto de Encantado. Por lá avistamos uma menina gritando freneticamente em meio a rodovia, na escuridão, onde quase foi atropelada por um caminhão. Ela dizia: tu não me ama Rsrs. O seu namorado, marido, amigo, ou sei lá o que, ligou sua máquina motorizada em frente do local onde havia uma festa e veio em alta velocidade contra nós, nos causando medo. Mas por sorte nada de grave nos aconteceu. Dali seguimos até o Próximo Pc no Hotel Hengu.
Comi uma sopa quente e cochilei na mesa do hotel, enquanto o Udo cochilava numa cadeira do lado de fora do Hotel. Saímos do Hotel por volta das 07 horas do sábado. Faltavam mais96 km até Santa Cruz do Sul para concluirmos a terceira parte da prova. Em meio a esse trecho o Udo comprou umas bergamotas e fez a boa ação do dia, distribuindo elas a nós.
Chegando no pedágio de Santa Cruz ,o Luiz fez um ato maroto ,tirou os cones para não precisarmos passar naqueles tachões desgraçados. Quando não quiseres passar pelos tachões pedale com o Luiz.
Nossa chegada no Antonios foi pelo meio dia de sábado, terceira parte da prova concluída e o sentimento que iria completar a prova estava mais próximo.
Agradeço ao Oswaldo por limpar e lubrificar minha corrente, obrigado Oswaldo.
Eu e o Udo depois de fazermos umas comprasem um Supermercado , fizemos nosso almoço sentados no meio fio de um cemitério. Em seguida partimos em direção a passo do Sobrado. O Udo estava num ritmo melhor do que eu e resolveu completar a prova com média 15 km/h , sabendo de minhas limitações segui num ritmo mais lento até Vale Verde,onde parei para comprar um iogurte litro e descansar um pouco. O sono estava me dominando, não estava rendendo,pedalava muito devagar. Depois de ingressar na rodovia que segue para o PPP encontrei o ciclista Pexe e pedi a ele uns guaranás, mas nada adiantou. O sono predominava, cheguei de arrasto até o PPP, onde coloquei o despertador para tocar dentro de 40 min. Deitei num banco e apaguei ao lado de pinguços que estavam regulando suas lentas e falando em vozes altas. Não ouvi nada, somente o som do despertador que estava em meu subconsciente. Acordei, parecia que havia dormido um dia, minhas pedaladas começaram a render novamente, com isso me contentei,e segui num ritmo forte até o PC “magnífico”, o melhor que já vi em todos os Audax e randonnées que fiz até hoje. Serviram dois pratos de sopa para mim, encheram minhas caramanholas e ofereceram tantas coisas que nem lembro mais, obrigado pessoal do PC7.
Chegamos no Casa Cheia por volta das 23 e 30, quase fechando o local, tiveram q suportar ciclistas famintos e com sede de café.
Uma leve garoa começará a cair, o frio havia dado uma trégua. Seguimos batendo uns papos com nada de útil até perto de Encantado. Por lá avistamos uma menina gritando freneticamente em meio a rodovia, na escuridão, onde quase foi atropelada por um caminhão. Ela dizia: tu não me ama Rsrs. O seu namorado, marido, amigo, ou sei lá o que, ligou sua máquina motorizada em frente do local onde havia uma festa e veio em alta velocidade contra nós, nos causando medo. Mas por sorte nada de grave nos aconteceu. Dali seguimos até o Próximo Pc no Hotel Hengu.
Comi uma sopa quente e cochilei na mesa do hotel, enquanto o Udo cochilava numa cadeira do lado de fora do Hotel. Saímos do Hotel por volta das 07 horas do sábado. Faltavam mais
Chegando no pedágio de Santa Cruz ,o Luiz fez um ato maroto ,tirou os cones para não precisarmos passar naqueles tachões desgraçados. Quando não quiseres passar pelos tachões pedale com o Luiz.
Nossa chegada no Antonios foi pelo meio dia de sábado, terceira parte da prova concluída e o sentimento que iria completar a prova estava mais próximo.
Agradeço ao Oswaldo por limpar e lubrificar minha corrente, obrigado Oswaldo.
Eu e o Udo depois de fazermos umas compras
A sensação de terminar os 1000 km estava próxima, faltavam só mais 89 km , parecia fácil, mas para quem já havia pedalado mais de 900 km , não. Segui até o PPP no retorno e coloquei mais um combustível, um prato de macarrão, dessa vez sem molho de graxaim. Em seguida segui rumo a Vale Verde. A chuva começava a aproximar-se, até que..........dilúvio a vista. Raios, trovões, chuva, buracos, escuridão, pista escorregadia e alguns seres insanos em meio a isso.
Ao menos o sono não apareceu, a concentração para não cair da bike inibiu isso. Cheguei na parte final das sete curvas andando com cuidado. Cruzei a bandeirada final encharcado as 00 e 43 de domingo. O Giovani Faccin ficou com pena de mim e não deixou pedalar mais Abraços
Claiton Buguera Ketzer
terça-feira, 5 de abril de 2011
Cidades percorridas no RS
Out/06 Vera Cruz
OUT/06 Santa Cruz do Sul
NOV/06 Sinimbu
Dez/06 Rio Pardo
JAN/07 Venâncio Aires
JAN/07 Mato Leitão
JAN/07 Cruzeiro do Sul
JAN/07 Lajeado
JAN/07 Estrela
JAN/07 Bom Retiro do Sul 10
JAN/07 Fazenda Vila Nova
JAN/07 Taquarí
JAN/07 Tabaí
MAR/07 Vale do Sol
MAR/07 Candelária
MAR/07 Passa Sete
MAR/07 Sobradinho
MAR/07 Arroio do Tigre
MAR/07 Estrela Velha
MAR/07 Salto do Jacuí 20
MAR/07 Jacuizinho
MAR/07 Campos Borges
MAR/07 Alto Alegre
MAR/07 Selbach
MAR/07 Quinze de Novembro
MAR/07 Ibirubá
MAR/07 Cruz Alta
MAR/07 Ijuí
MAR/07 Nova Ramada
MAR/07 Santo Augusto 30
MAR/07 Campo Novo
MAR/07 São Martinho
MAR/07 Chiapetta
ABR/07 Novo Cabrais
ABR/07 Cachoeira do Sul
ABR/07 Encruzilhada do Sul
ABR/07 Pantano Grande
???/07 Arroio do Meio
???/07 Encantado
JUL/07 Passo do Sobrado 40
JUL/07 Vale Verde
JUL/07 General Câmara
JUL/07 São Jerônimo
JUL/07 Charqueadas
JUL/07 Eldorado do Sul
JUL/07 Porto Alegre
SET/07 Muçum
SET/07 Vespasiano Corrêa
SET/07 Dois Lajeados
SET/07 Guaporé 50
SET/07 Serafina Corrêa
SET/07 Casca
SET/07 Vila Maria
SET/07 Marau
SET/07 Passo Fundo
SET/07 Ernestina
SET/07 Tio Hugo
SET/07 Mormaço
SET/07 Soledade
SET/07 Fontoura Xavier 60
SET/07 São José do Herval
SET/07 Pouso Novo
SET/07 Marques de Souza
SET/07 Forquetinha
NOV/07 Colinas
NOV/07 Imigrante
NOV/07 Westfalia
NOV/07 Teutônia 68 (64 em 2007)
JAN/08 Fortaleza dos Valos
JAN/08 Boa Vista do Incra 70
JAN/08 Boa Vista do Cadeado
JAN/08 Coronel Barros
JAN/08 Entre-Ijuís
JAN/08 Santo Ângelo
JAN/08 Giruá
JAN/08 Santa Rosa
JAN/08 Tuparendí
JAN/08 Porto Mauá
MAR/08 Espumoso
MAR/08 Tapera 80
ABR/08 Minas do Leão
ABR/08 Butiá
ABR/08 Arroio dos Ratos
ABR/08 Guaíba
ABR/08 Barra do Ribeiro
SET/08 Triunfo
SET/08 Montenegro
OUT/08 Caçapava do Sul
OUT/08 São Sepé
NOV/08 Paraíso do Sul 90
NOV/08 Agudo
NOV/08 Restinga Seca
NOV/08 Santa Maria
NOV/08 Silveira Martins
NOV/08 São João do Polêsine
NOV/08 Faxinal do Soturno
NOV/08 Dona Francisca
Dez/08 Cerro Branco (30 em 2008)
FEV/09 Canguçu
Fev/09 Morro Redondo 100
Fev/09 Pelotas
Fev/09 Rio Grande
FEV/09 santa Vitória do Palmar
Fev/09 Chuí
Mar/09 Boa Vista do Sul
Mar/09 Garibaldi
Mar/09 Carlos Barbosa
Mar/09 São Vendelino
Mar/09 Feliz
Mar/09 Vale Real 110
Mar/09 Caxias Do Sul
Mar/09 Nova Petrópolis
Mar/09 Gramado
Mar/09 Bom Princípio
Mar/09 São Sebastião Do Caí
MAr/09 Parecí Novo
Abr/09 Roca Sales
Abr/09 Paverama
Ago/09 São Pedro do Sul
Out/09 Bento Gonçalves 120
Out/09 Lagoa Bonita do Sul
Nov/09 Boqueirão do Leão
Dez/09 Herveiras ( 25 em 2009)
Jan/10 Catuípe
Jan/10 Vitória das Missões
Jan/10 São Luiz Gonzaga
Jan/10 São Miguel das Missões
Jan/10 Caibaté
Jan/10 Roque Gonzales
Jan/10 Porto Xavier 130
Jan/10 São Borja
Jan/10 Maçambará
Jan/10 Unistalda
Jan/10 Santiago
Jan/10 Jaguarí
Jan/10 São Vicente do Sul
Jan/10 Farroupilha
Jan/10 Flores da Cunha
Jan/10 Nova Pádua
Jan/10 Nova Roma do Sul 140
Jan/10 Veranópolis
Jan/10 Vila Flores
Jan/10 Nova Prata
Jan/10 Monte Belo do Sul
Jan/10 Santa Tereza
Abr/10 Capela de Santana
Abr/10 Portão
Abr/10 São Leopoldo
Abr/10 Novo Hamburgo
Abr/10 Campo Bom 150
Abr/10 Sapiranga
Abr/10 Araricá
Abr/10 Parobé
Abr/10 Taquara
Abr/10 Rolante
Abr/10 Santo Antônio da Patrulha
Abr/10 Osório
Abr/10 Capivarí do Sul
Abr/10 Viamão
Set/10 Progresso 160
Set/10 Bozano
Set/10 Pejuçara
Set/10 Panambi
Set/10 Santa Bárbara do Sul
Set/10 Saldanha Marinho
Set/10 Colorado
Set/10 Carazinho
Set/10 Santo Antonio do Planalto
Set /10 Vitor Graeff
Nov/10 Barros Cassal 170
Nov/10 Gramado Xavier
Dez/10 Itaara
Dez/10 Júlio de Castilhos ( 50 em 2010)
Fev/11 Itapuca
Fev/11 Arvorezinha
Fev/11 Ilópolis
Fev/11 Anta Gorda
Fev/11Doutor Ricardo (5 em 2011)
Jan/12 São Francisco de Paula
Jan/12 Cambará do Sul 180
Jan/12 Itati
Jan/12 Terra de Areia
Jan/12 Três Forquilhas
Jan/12 Três Cachoeiras
Jan/12 Dom Pedro de Alcântara
Jan/12 Torres
Out/12 Antônio Prado (9 em 2012)
Jan/13 Jaquirana
Jan/13 São José dos Ausentes
Out/13 Poço das Antas 190 (3 em 2013)
Jan/14 Vacaria
Mar/14 Bagé
Mar/14 Hulha Negra
Mar/14 Candiota
Mar/14 Pinheiro Machado
Ago/14 Rolante
Ago/14 Riozinho
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